Porque Portugal tem sido Lisboa

domingo, 31 de agosto de 2008

O Governo e a singularidade emergente

O Magalhães dos Descobrimentos deverá ter dado voltas no túmulo quando soube, em 21 de Agosto de 2008, que, afinal, a tecnologia da Intel que o Governo importou não é, sequer, de ponta.

O computador bacoco, assente em modelo de negócio terceiro-mundista, que o Governo, com pompa, apresenta como último grito tecnológico, é, já se sabia, apresentado pela própria Intel como... destinado aos "mercados emergentes" (Ver Classmate PC).

Sabe-se agora que, afinal, a tecnologia que um Governo eficiente terá de adquirir à Intel, se quiser gastar os recursos portugueses em real inovação, destinada ao desenvolvimento nacional, é a apresentada pela própria Intel, no seu Developer Forum, no dia 21 de Agosto de 2008: 1) Wireless Resonant Energy Link (WREL), 2) Programmable Matter (Computers that Change Shape), 3) To make robotics personal and more human-like. "Big changes are ahead in social interactions, robotics and improvements in computer's ability to sense the real world. Intel's research labs are already looking at human-machine interfaces and examining future implications to computing with some promising changes coming much sooner than expected... There is speculation that we may be approaching an inflection point where the rate of technology advancements is accelerating at an exponential rate, and machines could even overtake humans in their ability to reason, in the not so distant future" - Ver.

Visto da paisagem, parece que o Governo melhor faria em deixar as crianças emergentes na escola primária aprenderem a ler, escrever e contar pela sua própria cabeça. Para poderem, de futuro, vir a competir com a singularidade dos robôs emergentes - que, esses sim, poderão incorporar computadores Intel para trabalhar por Portugal.