Porque Portugal tem sido Lisboa

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O fim do dinheiro (como o conhecíamos)

Certamente não teremos de voltar a andar carregados de conchas... algo novo e com valor de troca surgirá certamente para sustentar a moeda e crédito; mas o dinheiro, tal como o conhecíamos depois dos acordos de Bretton Woods de 1944 (e desacordos de 1972 e 2001), acaba de acabar.

Falharam os dois motores ao mesmo tempo (o sistema bancário e o mercado de capitais), o modelo sobre-alavancado e sub-regulado em que vivemos não serve, colapsou, e algo novo terá de surgir para que voltem a ter valor fiduciário as promessas de pagamento que os governos, as empresas e os consumidores circulam nas suas trocas.

Não será repentinamente, mas certamente assistiremos à criação de um novo paradigma de valor (com a redefinição dos papéis dos sectores público e privado). Esperemos apenas que alguns líderes europeus não cometam o mesmo erro de pensarem que se pode regular a nível regional aquilo que é global.

Visto da paisagem, impõem-se uma nova conferência monetária e financeira global: como a de 1944, em Bretton Woods, sob a égide das Nações Unidas. Não ficava mal a um país pequeno mas que se quer dinâmico, digamos Portugal, levantar essa bandeira em primeiro lugar.